O primeiro Walkman Phone trouxe som, estilo e inovação em 2005

O ano é 2005, e o mercado de celulares começa a passar por uma transformação. Enquanto a maioria dos modelos ainda aposta em funcionalidades básicas, a Sony Ericsson surpreende com um lançamento que muda tudo: o W800i, o primeiro celular da linha Walkman, unindo o legado da música portátil com a nova geração dos celulares inteligentes.

O Sony Ericsson W800 não era apenas um celular. Ele era um tocador de música completo com visual estiloso, câmera digital embutida e recursos que, até então, estavam espalhados em vários aparelhos diferentes. Para os apaixonados por música — como eu — foi amor à primeira vista.

Design inconfundível e cheio de personalidade

Bastava olhar para o W800 para saber que ele era diferente. O visual era marcante: um corpo compacto em branco e laranja, com detalhes que remetiam diretamente à marca Walkman, já icônica desde os anos 80. Ele pesava apenas 99 gramas, o que o tornava extremamente confortável de carregar no bolso.

Os botões dedicados à música, incluindo play/pause, avançar e retroceder, davam a sensação de estar manuseando um player digital, e não apenas um celular. E com a interface própria da Sony, navegar pelas músicas era prático, fluido e intuitivo.

Era possível usá-lo no modo “apenas música”, o que desligava as funções de rede celular e prolongava a bateria — algo simplesmente genial para quem só queria ouvir suas faixas favoritas durante a viagem.

Um MP3 player completo, com espaço de sobra

O W800 vinha com um cartão Memory Stick PRO Duo de 512 MB, o suficiente para armazenar centenas de músicas em MP3 e AAC. E diferente da maioria dos celulares da época, a qualidade do som era realmente boa. O aparelho vinha com fones de ouvido estéreo de alto nível e até suporte a equalizador, o que elevava a experiência musical.

Para quem vivia com um Discman na mochila ou estava pensando em comprar um iPod, o W800 oferecia uma proposta ainda mais prática: música e celular no mesmo aparelho, sem comprometer nenhum dos dois mundos.

Câmera digital de 2 megapixels com foco automático

Outro grande destaque do W800 era sua câmera de 2 MP com autofoco, algo incomum em celulares de 2005. Era possível tirar fotos com uma qualidade respeitável para a época, além de gravar vídeos em resolução QCIF. A câmera contava com um flash LED, e a lente era protegida por uma tampa deslizante — o que ajudava a evitar riscos no bolso.

Era um diferencial importante: ao contrário da maioria dos concorrentes, o W800 conseguia substituir câmeras digitais compactas em muitas situações do dia a dia.

Desempenho, bateria e sistema

O desempenho era estável. O sistema, baseado na interface proprietária da Sony Ericsson, era responsivo e elegante. Os menus eram animados, os temas personalizáveis e os recursos de agenda, alarme e mensagens funcionavam perfeitamente bem.

A bateria de 900 mAh era outro destaque. No modo música, podia durar até 30 horas de reprodução contínua — o que superava muitos MP3 players dedicados. No uso geral, era fácil passar mais de dois dias longe da tomada.

Um divisor de águas no conceito de celular

O W800 representou uma quebra de paradigma. Até então, os celulares tentavam “também” tocar música. O Walkman Phone da Sony Ericsson inverteu essa lógica: ele era um tocador de música que também fazia chamadas. E fazia isso com estilo, personalidade e inovação.

Em 2005, quem tinha um W800 estava alguns passos à frente. Era o tipo de celular que chamava atenção nas rodas de amigos, que despertava curiosidade e que oferecia algo realmente novo. Para muitos, inclusive para mim, ele foi o primeiro celular que realmente dava prazer em usar — não só por necessidade, mas por diversão.

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