Em 2012, Motorola e Intel se unem para lançar um celular com tela infinita, desempenho eficiente e corpo resistente

O mercado de smartphones em 2012 está em constante ebulição. Gigantes como Apple e Samsung dominam as prateleiras, mas a Motorola, em parceria com a Intel, resolveu fazer diferente. O resultado é o lançamento do Motorola Razr i, um smartphone Android com processador Intel Atom de 2 GHz e um design ousado que promete competir de igual para igual com os principais nomes do setor.

O Razr i é mais do que apenas um novo modelo. Ele representa uma tentativa da Motorola de unir inovação tecnológica com identidade visual forte. A linha Razr, que fez muito sucesso na era dos celulares flip, agora assume um novo papel em tempos de telas sensíveis ao toque e conectividade total.

Design compacto, elegante e resistente

O primeiro aspecto que chama a atenção no Razr i é o seu design compacto e refinado. Apesar de trazer uma tela de 4,3 polegadas — generosa para os padrões de 2012 — o aparelho é surpreendentemente estreito e fácil de segurar. Isso é possível graças à sua proposta de “tela de ponta a ponta” (edge-to-edge), que reduz ao máximo as bordas laterais.

A traseira do aparelho é feita com Kevlar, o mesmo material utilizado em coletes à prova de balas, o que garante resistência e leveza. O corpo ainda conta com nanorrevestimento que protege contra respingos d’água, um recurso raro para a época.

As laterais em alumínio escovado e o visual sóbrio deixam o aparelho com uma aparência premium, condizente com sua proposta de ser um modelo intermediário-superior com apelo para quem valoriza acabamento.

O diferencial: processador Intel Atom

O Razr i é o primeiro smartphone com Android no Brasil a utilizar um chip Intel. O processador Intel Atom Z2460 de 2 GHz trabalha com 1 GB de RAM e oferece um desempenho surpreendentemente fluido. Mesmo com o sistema Android 4.0 (Ice Cream Sandwich), a navegação por menus, a abertura de aplicativos e o multitarefa são satisfatórios.

Apesar de não concorrer diretamente com os topos de linha como o Galaxy S III ou o iPhone 5, o Razr i entrega performance robusta para as principais tarefas do dia a dia — redes sociais, navegação na web, vídeos em HD, jogos leves e produtividade básica.

Outro destaque vai para o desempenho gráfico: o aparelho roda jogos como Temple Run e Angry Birds Space com ótima fluidez, mostrando que o processador da Intel é competente mesmo sendo um “novato” no universo Android.

Tela AMOLED e boas câmeras

A tela de 4,3 polegadas Super AMOLED com resolução qHD (960×540 pixels) proporciona cores vibrantes, ótimo contraste e pretos profundos. Mesmo que alguns concorrentes da época ofereçam telas HD, o Razr i compensa com qualidade de imagem e visibilidade sob luz forte, graças à tecnologia AMOLED.

A câmera traseira de 8 MP é outro ponto forte, oferecendo boas fotos com detalhes e cores equilibradas em ambientes bem iluminados. A função de disparo contínuo é destaque: é possível capturar até 10 fotos por segundo, ideal para registrar movimentos rápidos. A câmera frontal VGA, como esperado, é modesta — serve para videochamadas, mas sem grandes qualidades.

Bateria que surpreende

Com 2.000 mAh de capacidade, a bateria do Razr i tem ótima autonomia, especialmente considerando o tamanho compacto do aparelho. É possível usá-lo durante um dia inteiro com navegação, chamadas, redes sociais e vídeos, sem precisar recorrer ao carregador no meio da tarde.

Esse bom desempenho energético se deve não só à bateria generosa, mas também à eficiência do chip Intel e da tela AMOLED.

Considerações finais

O Motorola Razr i não é um supertopo de linha, mas acerta ao trazer inovação com equilíbrio. O design compacto com tela generosa, o acabamento sofisticado, a câmera eficiente e, principalmente, o uso inédito do processador Intel tornam esse smartphone uma aposta ousada e bem-vinda para quem busca algo diferente no Android em 2012.

A Motorola mostra que ainda sabe inovar, e se depender do Razr i, os usuários têm mais uma excelente opção de compra no competitivo mercado de smartphones intermediários.